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EDUCAÇÃO FINANCEIRA NA PALMA DA MÃO

O que é Educação Financeira e como ela pode formar cidadãos mais conscientes e saudáveisTempo de leitura estimado: 8 min.

27 janeiro 2022

Educador

Você já lidou com algum problema relacionado a finanças que lhe fez pensar “por que não me ensinaram isso na escola”?

Criar metas, montar um orçamento realista e lidar com armadilhas psicológicas, que podem influenciar nossos gastos, são preocupações que muitos de nós já vivemos - e que muitas vezes não soubemos como lidar.

Uma pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revelou que 80% dos 650 brasileiros entrevistados não sabem controlar suas despesas.

Na mesma pesquisa, apenas 18% dos entrevistados afirmaram ter bom conhecimento sobre as finanças pessoais. Em 86% dos domicílios com renda mensal de até R$ 1.330,00, o chefe da família tem parcial ou nenhum conhecimento sobre as finanças da casa. Com rendimentos entre R$ 1.331,00 e R$ 3.140,00, o índice cai para 84%, e em famílias com receita acima de R$ 3.141,00, a porcentagem é de 76%. Ou seja, apesar da queda, todos os percentuais são altos.

De acordo com a economista do SPC Brasil, Luiza Rodrigues, “o consumidor adulto se mostra muito pouco preparado em relação às finanças pessoais”. E a melhor maneira de mudar esse cenário para as futuras gerações é com a educação financeira.

O que é educação financeira?

A ENEF (Estratégias Nacional de Educação Financeira) define a educação financeira como um processo em que as pessoas melhoram a sua compreensão em relação ao dinheiro, se mantendo bem-informadas em questões econômicas do país e do mundo e realizando compras conscientes, com escolhas bem fundamentadas.

Ou seja, a educação financeira ajuda as pessoas a pensarem de maneira mais crítica a respeito do uso de recursos limitados como o dinheiro, analisando os riscos e os benefícios de suas escolhas. Com esse conhecimento, também é mais fácil pensar no futuro e planejar a realização de sonhos.

Quanto menos conhecimento, mais problemas financeiros

A pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), citada no início do texto, também revelou outros dados preocupantes sobre a realidade financeira dos brasileiros:

  • Quase 70% das pessoas que afirmaram ter baixo ou nenhum conhecimento sobre as finanças pessoais terminam o mês “no vermelho” ou “no zero a zero”. Já para quem acompanha as suas entradas e saídas, esse resultado cai para 29%;
  • 36% dos entrevistados sabiam um pouco ou nada sobre as contas regulares que deveriam pagar no mês da pesquisa;
  • As despesas extras de início de ano, como IPTU e IPVA, também chamaram a atenção do SPC. De acordo com a pesquisa, 57% dos entrevistados não sabiam exatamente qual seria o gasto extra dessas obrigações;
  • A maior dificuldade da maioria dos entrevistados é controlar as finanças pessoais, registrando gastos e receitas com regularidade (39%). Além disso, 6% relataram dúvidas em fazer contas;
  • Já sobre os hábitos de compras, 38% disseram que nunca, ou apenas às vezes, pensam na situação financeira atual antes de adquirir um produto;
  • 55% dos entrevistaram afirmaram que a reserva financeira não é suficiente para viver por mais de três meses.

Qual a diferença entre matemática e educação financeira?

Vamos usar um dos dados da pesquisa acima para começar essa explicação: os 6% de pessoas que relataram dúvidas em fazer contas. Apesar da matemática ser fundamental na educação financeira (e a falta desse conhecimento atrapalhar a organização das finanças), ela é apenas uma das suas ferramentas.

A educação financeira não é só a matemática aplicada no dia a dia, mas está ligada também aos hábitos, atitudes e emoções que temos com relação ao nosso dinheiro.

É por isso que, às vezes, nos deparamos com pessoas que detestam matemática, mas que possuem uma ótima organização financeira e pessoas com amplo conhecimento técnico, mas que estão endividadas.

4 dicas importantes sobre educação financeira

Saiba todos os seus gastos e ganhos

O primeiro passo - e um dos mais importantes - para ter uma vida com mais saúde financeira é entender o seu mês financeiro. Ou seja, saber todos os ganhos e gastos, desde as moedas de troco que ficam “perdidas” em seu bolso, até o bombom da sobremesa.

Sem esse tipo de conhecimento, será difícil saber quanto é possível gastar sem ficar no vermelho.

Implemente o método 50/30/20

Com um mês de gastos anotados, divida todas as saídas de dinheiro em três tipos de gastos:

  • Fixos (que acontecem todos os meses): luz, água, supermercado, moradia, educação;
  • Variáveis (que podem ou não acontecer no mês): lazer, alimentação em restaurantes;
  • Investimentos: aposentadoria, viagens, pagamento de dívidas.

Com essa divisão feita, o próximo passo é fazê-la se encaixar nas três “caixinhas” do método 50/30/20:

  • Gastos fixos: 50% do valor total dos ganhos;
  • Gastos variáveis: 30% do valor total dos ganhos;
  • Investimentos: 20% do valor total dos ganhos.

É claro que nem sempre é possível seguir totalmente esse método, pois cada pessoa possui diferentes responsabilidades. Mas com essa orientação, será mais fácil entender quais áreas precisam ser reavaliadas.

Defina metas em curto, médio e longo prazo

Uma casa nova, um mochilão pela Europa ou se aposentar com 60 anos. Cada pessoa possui diferentes sonhos e cada um deles provavelmente acontecerá em períodos distintos. Mas com as metas, esse processo será mais fácil.

Veja o exemplo abaixo:

  • Meta a curto prazo (até 1 ano): viajar com a família;
  • Meta a médio prazo (1 até 5 anos): trocar os eletrodomésticos da cozinha e área de serviço;
  • Meta a longo prazo (mais que 6 anos): se aposentar com 55 anos.

Com a criação de metas como essas, é provável que as despesas sejam melhor controladas. Afinal, cada compra desnecessária terá os seus sonhos como adversários.

Sempre que possível, invista em conhecimento

Ao longo de todo o texto, nós reforçamos uma questão essencial: a importância do conhecimento. É com ele que conseguimos ter mais controle dos nossos gastos, alcançar objetivos e tomar decisões responsáveis.

Uma das formas de conseguir mais conhecimento é por meio dos livros. Por isso, separamos 3 livros sobre educação financeira que vale a pena conhecer:

A cabeça do investidor, de Vera Rita de Mello Ferreira

Nesse livro, a psicanalista e doutora em psicologia econômica Vera Rita de Melo Ferreira explica como a nossa saúde mental e estado emocional podem afetar as nossas finanças e decisões sobre dinheiro.

Com uma linguagem de fácil compreensão, ela leva o leitor a refletir sobre sua vida financeira e apresenta erros que todos cometemos quando deixamos nossas emoções mandarem em nosso dinheiro.

Pai Rico, Pai Pobre, de Robert Kiyosaki

Esse livro é uma das principais referências quando falamos sobre finanças. Com mais de 9 milhões de exemplares vendidos no Brasil e 30 milhões de cópias em 80 países, Robert Kiyosaki compara a sua própria experiência com a atitude de dois pais em relação à educação financeira dos filhos.

O escritor é filho de um funcionário público inteligente e honesto, mas que não conseguiu alcançar a independência financeira, e é o pai pobre da história. Por outro lado, o pai rico é representado pelo melhor amigo do autor, um comerciante que ficou rico pela maneira que lidava com o dinheiro. Os ensinamentos que levaram o empreendedor ao sucesso, repassados para seu filho, são contados em um livro cheio de aprendizados.

Como cuidar do seu dinheiro, de Thiago Nigro e Mauricio de Sousa

Quanto antes a educação financeira for incentivada, melhores serão os resultados. Por isso, é essencial ensinar às crianças como lidar de forma equilibrada e consciente com recursos limitados como o dinheiro.

Com esse livro, da Turma da Mônica e o Primo Rico, as crianças podem entender mais sobre a importância do dinheiro e de viver uma vida com consumo consciente.

Além disso, as crianças e adolescentes podem se beneficiar de um programa de educação financeira comportamental. Com o Gênio das Finanças, por exemplo, as crianças conseguirão:

  • Resolver problemas com pensamento crítico;
  • Tomar decisões conscientes e saudáveis, baseadas na mudança de atitude;
  • Consumir e poupar de modo ético, consciente e responsável;
  • Planejar em curto, médio e longo prazo;
  • Distinguir desejos de necessidades;
  • Desenvolver a cultura da prevenção;
  • Ter postura criativa e empreendedora.

Ou seja, tudo que precisam para se tornarem adultos mais conscientes e saudáveis financeiramente. E é claro que as escolas também poderão colher frutos desse valioso investimento, como levar a educação financeira para toda a equipe escolar. Com o acesso a esse aprendizado, é possível que todos consigam melhorar os próprios planejamentos pessoais e familiares.

Já que pessoas endividados têm 4 vezes mais chances de ter depressão e 8 vezes mais chances de não dormir bem, ao oferecer uma possibilidade de maior controle das finanças à sua equipe escolar, ela provavelmente estará mais saudável mentalmente. Ou seja, todos ganham com a educação financeira!

Aprofunde sua leitura com o artigo "Entenda tudo sobre educação financeira nas escolas".

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