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O que é pegada ecológica e qual a sua relação com a sala de aula?Tempo de leitura estimado: 8 min.

19 outubro 2022

Família

Você já parou para pensar no impacto da sua rotina no meio ambiente? Acordar, tomar um banho demorado e preparar um café para tomar no carro, a caminho do trabalho, parece algo inocente, mas tudo que fazemos impacta nosso maior bem: o Planeta Terra. 

É por isso que falar sobre a pegada ecológica dentro e fora da sala de aula se torna cada dia mais necessário: apenas ao observar e ajustar nossas ações é que poderemos ter uma vida mais saudável e sustentável

Mas o que é pegada ecológica? Como calcular? Como abordar esse assunto com os estudantes? Essas são apenas algumas das perguntas respondidas neste artigo, confira! 

O que é pegada ecológica? 

De acordo com a WWF (World Wildlife Fund ou Fundo Mundial da Natureza), a pegada ecológica é uma “metodologia de contabilidade ambiental que avalia a pressão do consumo das populações humanas sobre os recursos naturais. Expressada em hectares globais (gha), permite comparar diferentes padrões de consumo e verificar se estão dentro da capacidade ecológica do planeta.” 

Achou essa explicação um pouco técnica demais? Vamos simplificar: a pegada ecológica é um indicador de sustentabilidade que acompanha a biocapacidade do planeta e a demanda por recursos naturais necessários para a produção de bens de consumo e serviços

Ou seja, sabemos que precisamos de grafite e madeira para fazer um lápis. Mas quanto de cada material usamos? Qual o impacto da produção desse lápis na natureza? É isso que a pegada ecológica acompanha - em uma escala muito maior, claro! 

Quais são os tipos de pegada ecológica? 

Apesar do termo pegada ecológica ser o mais conhecido, existem três diferentes cálculos complementares que ajudam a entender melhor as necessidades de conscientização do homem. 

Os três cálculos relacionados à pegada ecológica são: 

  1. Pegada de carbono: calcula a quantidade aproximada de emissão de carbono na atmosfera por uma pessoa, evento, empresa ou governo, a fim de reduzir o aquecimento global e diminuir as mudanças climáticas; 
  1. Pegada ecológica: sim, a pegada ecológica também possui um cálculo específico! Ela pode significar os impactos dos seres humanos na área bioprodutiva, ou seja, o uso de recursos naturais; 
  1. Pegada hídrica: avalia os danos das atividades humanas na hidrosfera, estudando os fluxos de água e a ação do homem neles.

Com esses acompanhamentos, os órgãos ambientais podem entender quais cuidados precisam ser tomados para reduzir os impactos do ser humano no Planeta Terra, garantindo um lar seguro para todos.

Vale a pena conferir: 5 Rs: benefícios para a saúde financeira e para o meio ambiente 

Qual a importância da pegada ecológica? 

Você sabia que são necessários mais de 5 mil litros de água para a produção de uma calça jeans? E que para um quilo de carne é preciso o triplo dessa quantidade? 

É por números como esses que a pegada ecológica é cada vez mais importante para o nosso planeta. Com o uso dessa ferramenta, conseguimos ter mais controle dos impactos do homem no meio ambiente.  

Sem contar que esses dados colhidos são índices essenciais. Por meio deles, é possível apontar quais políticas públicas devem ser implementadas para minimizar os impactos e realizar campanhas de conscientização.   

Qual é a pegada ecológica global? 

De acordo com a WWF, utilizamos cerca de 50% a mais do que temos disponível em recursos naturais. Ou seja, para manter e sustentar nosso estilo de vida atual é necessário “um planeta e meio”. 

Enquanto a biocapacidade disponível para cada ser humano é de 1,8 hectare global, a média de gastos é de 2,7 hectares globais por pessoa. Se a humanidade seguir com esses números, em 2050 vamos precisar de mais dois planetas, de acordo com a Global Footprint Network. 

Qual é a pegada ecológica brasileira? 

Nós precisamos de atenção redobrada nos nossos gastos, já que a pegada ecológica brasileira é maior que a média mundial: 2,9 hectares globais por habitante.  

De acordo com a WWF, nosso país não só aumentou os gastos nos últimos anos, como “a biocapacidade brasileira vem sofrendo um forte declínio ao longo dos anos devido ao empobrecimento dos serviços ecológicos e à degradação dos ecossistemas”. 

Qual é a minha pegada? 

É comum (e correto) se impressionar com números tão alarmantes sobre nosso lar. Por isso, além de trabalhar esse assunto com as próximas gerações em sala de aula, é importante olhar para mudanças que podem ser feitas na própria rotina para reduzir a pegada ecológica. 

A WWF possui um teste online que calcula sua pegada atual e oferece uma série de dicas para reduzir seus gastos. 

Confira também: O que é sustentabilidade econômica e qual sua relação com a escola? 

Como levar esse assunto para a sala de aula? 

Após explicar o impacto da pegada ecológica na sua vida, é hora de entender como levar esse assunto para os próximos consumidores: as crianças e adolescentes em formação. Afinal, são eles que ditarão o futuro do Planeta Terra.  

Trabalhar a pegada ecológica com elementos visuais 

Pode ser difícil para uma criança entender como a pegada ecológica pode afetar o futuro dela. E é aqui que elementos visuais, como as pegadas “verdadeiras” podem ajudar. 

Uma sugestão é criar uma grande pegada, que representa os recursos do Planeta Terra em um ano, e várias outras pegadas menores com os gastos de diferentes países.  

Em seguida, as crianças terão que colar as pegadas dos países no pé maior, que representa a Terra. Quando elas notarem que falta espaço para colar os pés dos países, é o momento de conversar com elas sobre o impacto que nós temos na natureza e os recursos excessivos que estamos utilizando. 

“Comemore” o Dia do Excesso 

Todos os anos, o Planeta Terra tem uma “comemoração” nada feliz: o Dia do Excesso. Essa data, que em 2022 foi 28 de julho, é o dia em que os habitantes da Terra já terão esgotado todos os recursos que o planeta lhes proporciona no período de um ano, passando a viver de créditos relativos ao próximo ano. 

Ou seja, desde o dia 29 de julho, começamos a usar recursos que não temos para viver.  

Uma sugestão é monitorar o site da ONG Global Footprint Network (GFN) e levar essa data para dentro da sala de aula com discussões, workshops e palestras com especialistas em sustentabilidade para entender o problema que essa “comemoração” trará para as próximas gerações. 

O vídeo abaixo explica em mais detalhes o que é o Dia do Excesso ou da Sobrecarga, confira: O DIA DA SOBRECARGA DA TERRA

Voltar o olhar para o ambiente escolar 

Se cuidar do Planeta Terra é um trabalho de todos, a escola deve fazer parte desse esforço. Colocar lembretes sobre a importância da economia de água e energia elétrica e incentivar a reciclagem, são alguns exemplos de atitudes para reduzir a pegada ecológica. 

A escola também pode trabalhar com os alunos para: 

  1. Reduzir o uso de plásticos na cantina e em projetos na sala de aula; 
  1. Investir em opções mais ecológicas, como lâmpadas LED e eletrônicos com selo de eficiência energética; 
  1. Incentivar a reutilização de materiais, como usar os dois lados da folha sulfite; 
  1. Ajudar os responsáveis a combinar caronas. 

Criar uma horta 

Não tem como falar sobre sustentabilidade sem colocar “a mão na terra”. Nós adoramos citar as hortas escolares como uma atividade sustentável porque todos ganham com ela! 

Para os alunos, uma horta comunitária significa um espaço de cuidado direto com a natureza. Eles aprendem sobre responsabilidade, comprometimento, paciência - sem contar a sustentabilidade, é claro! 

Já para as escolas, ela é uma ferramenta educacional econômica e bonita. Além de literalmente dar frutos a serem colhidos, ela pode ser um enorme diferencial durante a época de matrículas.  

Convidar os jovens a refletir sobre o consumismo 

Nossa última sugestão é um pouco mais ampla, pois depende da idade dos estudantes.  

Caso a pegada ecológica seja um assunto entre as crianças, uma troca de brinquedos pode ser uma ótima alternativa educacional. Já os adolescentes podem ser convidados a estudar os hábitos de consumo em casa, criando relatórios de gastos, a fim de entender a pegada ecológica da família.  

Independentemente da idade e da maneira que decidir abordar esse assunto com os jovens, algo é certo: o consumismo é um problema sério, que precisa ganhar a atenção das futuras gerações pelo bem da saúde financeira dos jovens, assim como do nosso planeta. 

Se você não sabe como abordar esse assunto, temos um post completo sobre consumismo com dicas para trabalhar esse tema na escola. Não deixe de conferir esse artigo e agir em prol da sustentabilidade. 

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