Quer se tornar um consumidor consciente? Confira 6 dicas valiosas!Tempo de leitura estimado: 8 min.
10 março 2022
Família
Reduzir os gastos e aumentar as economias são objetivos de grande parte dos brasileiros. Mas outra importante meta está, gradualmente, conquistando espaço nas prioridades dos cidadãos: a de se tornarem consumidores conscientes.
De acordo com uma pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) realizada em todas as capitais do país, 55% dos brasileiros possuem hábitos de consumo consciente que ainda estão aquém do desejado.
No estudo, onde são feitas perguntas relativas aos hábitos e atitudes dos brasileiros, considerando aspectos financeiros, ambientais e sociais, os pouco ou nada conscientes somam 14%, enquanto 31% podem ser considerados consumidores conscientes.
Entretanto, esses números relativamente baixos não significam que as pessoas não ligam para causas ambientais. Quase todos os entrevistados (98%) consideraram importante ou muito importante ter uma vida com hábitos de consumo mais conscientes.
Ou seja, metas como economizar água, diminuir as compras e reaproveitar materiais são vistas como possibilidades pelos entrevistados. Mas como transformar esse desejo em realidade? É o que vamos abordar nesse conteúdo!
Qual o conceito de consumo consciente?
De forma resumida, podemos afirmar que o consumo consciente é aquele em que as escolhas são feitas pensando no impacto que uma compra terá em seu bolso, assim como no meio ambiente. Afinal, o ato de consumir não afeta apenas quem faz a compra.
Isso significa que o consumo consciente nada mais é que consumir melhor, sem pensar apenas na liberação de dopamina que uma compra pode ter no nosso cérebro.
Qual a relação do consumismo com a sustentabilidade?
Se você nunca parou para pensar na relação entre o consumismo e a sustentabilidade, esse é o momento ideal para você entender como eles estão extremamente ligados – especialmente quando olhamos para os dados.
Vamos começar pela realidade do consumo no mundo, que além de estar mal distribuído, está descontrolado. De acordo com o Instituto Akatu, cerca de 20% da população mundial concentra o consumo de 80% de todos os produtos e serviços do planeta.
E essa tendência negativa pode piorar nos próximos anos, já que a cada ano, entram mais de 150 milhões novos consumidores no mercado. Caso não haja mudanças no consumo da população, nos próximos 20 anos teremos três bilhões de consumidores que desperdiçam recursos e compram sem necessidade.
É nesse momento que muitos de vocês podem estar pensando na reciclagem como alternativa sustentável. É claro que a reciclagem é uma ótima maneira de reduzir o impacto, mas a realidade é que apenas 30% do lixo no Brasil tem potencial para ser reciclado e só 3% deste total é efetivamente reciclado.
Se considerarmos a estimativa de que cada brasileiro produz cerca de 500 gramas de lixo por dia, isso representa milhões de toneladas descartadas em aterros sanitários com frequência. E o tempo de decomposição desses materiais não ajuda em nada a natureza:
- Embalagens de papel: de 3 a 6 meses;
- Fósforos e pontas de cigarros: 2 anos;
- Chiclete: 5 anos;
- Latas de alumínio: de 200 a 500 anos;
- Isopor: 400 anos;
- Plásticos: 450 anos;
- Fralda descartável comum: 450 anos;
- Vidro: 1 milhão de anos.
Todos esses números são alarmantes, não é mesmo? Mas a boa notícia é que você pode, a partir de hoje, tomar atitudes mais conscientes que ajudarão o meio ambiente e o seu bolso, simultaneamente! Vamos entender quais são essas ações?
6 ações para se tornar um consumidor consciente
Escolher empresas com o mesmo propósito
Nós falamos muito sobre o consumo consciente, mas vale reforçar que ele vai além de consumir menos: é consumir de empresas que possuem o mesmo propósito que você.
Ao escolher um produto fabricado e comercializado com protocolos sustentáveis e o objetivo de gerar menos impacto socioambiental, você consegue impactar o presente e o futuro do planeta.
Como fazer isso? Pesquisar as marcas na internet e redobrar a atenção nos rótulos, que trazem informações importantes sobre o posicionamento dos fabricantes quanto a normas ambientais e apoio a projetos diversos.
Tomar cuidado com a cilada “barato que sai caro”
Vamos ser honestos: todos nós já fomos vítimas da cilada “barato que sai caro”. Talvez tenha sido a compra de uma bolsa que se desmanchou após meses, um tênis que furou após uma corrida ou uma comida que era ruim e causou indigestão.
Nem sempre temos em nosso orçamento uma enorme quantia a disposição para investir em peças de qualidade. Mas vale a pena considerar outras maneiras de comprar esse mesmo produto, como:
- Encontrar cupons de desconto on-line;
- Negociar desconto na loja física com pagamento em dinheiro;
- Comprar produto usado;
- Economizar mais dinheiro para comprar o produto desejado;
- Consertar um produto parado em casa que atende ao mesmo propósito;
- Buscar soluções de marcas mais baratas, mas que oferecem qualidade similar.
Deixar o cartão de crédito em casa
“Muita gente entende a importância de transformar boas intenções em bons hábitos, mas só toma alguma atitude quando a conta fica cara. E não basta ter um esforço de conscientização apenas em situações críticas, essa prática deve ser contínua”. Essa frase, da economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawaut, é uma ótima introdução para a nossa próxima dica.
Dentre as principais maneiras de ser mais consciente com o consumo, 77% das pessoas entrevistadas pela pesquisa da CNDL e do SPC Brasil afirmaram não recorrer ao cheque especial ou ao limite do cartão de crédito para conseguir fechar as contas do mês. Mas por que tantas pessoas evitam essas ferramentas?
Porque a taxa de juro do cartão de crédito e do cheque especial são as maiores no Brasil! De acordo com o Banco Central, em outubro de 2021, a taxa rotativa subiu para 343,6% ao ano.
Isso significa que quem tem uma dívida de R$ 500,00 no cartão de crédito, pagará R$ 2.218,00 em 12 meses. Por isso, a melhor dica é deixar o cartão de crédito em casa para evitar a tentação.
Mas se você precisa desse método de pagamento na sua rotina, o ideal é limitar os gastos com cartão de crédito a 30% da sua renda mensal. Assim, fica mais fácil controlar quanto gastar e, por consequência, se tornar um consumidor consciente.
Leia também: Planejamento financeiro familiar: o que é e como implementar
Se pergunte: o que eu posso fazer em casa?
Você sabia que o brasileiro gasta cerca de 8% do seu salário com delivery de comida? Essa pesquisa, da startup de gestão financeira Guiabolso, levanta um ponto importante: quanto conseguimos economizar ao escolher a opção “fazer” em vez de “comprar”?
Esse costume é relativamente comum no Brasil, especialmente se olharmos para a pesquisa da SPC. Nela, 88% dos entrevistados disseram ter o costume de fazer na própria casa alguns serviços que poderiam ser contratados fora para economizar, como manicure, pet shop e comida.
Ou seja, é possível reduzir os gastos dentro de casa com um pouco de tempo e preparação. Que tal, por exemplo, preparar toda a comida da semana no sábado ou domingo e congelá-la?
Assim, você evita gastos desnecessários por estar em um dia corrido ou apenas com preguiça de cozinhar.
Vender objetos parados
Você quer se tornar um consumidor consciente, mas, primeiro, precisa acabar com as dívidas? Que tal pegar objetos parados em casa e transformá-los em dinheiro?
Ao usar o Facebook Marketplace, OLX e até mesmo suas próprias redes sociais, é provável que você consiga se tornar uma pessoa com menos “tralha” e mais dinheiro na conta bancária!
Invista em conhecimento
Como já disse Benjamin Franklin, investir em conhecimento rende sempre os melhores juros. Então, se você se preocupa em ser um consumidor consciente, chegou a hora de investir em conhecimento.
Ao optar por uma educação financeira, será mais simples e intuitivo o processo de se tornar um consumidor consciente. Ou seja, você só tem a ganhar!
E que tal levar esse mesmo conhecimento aos seus filhos? Com atividades que estimulam as crianças a conhecerem os conceitos financeiros que impactarão a vida adulta, o Gênio das Finanças pode ajudá-los a crescer com mais responsabilidade e consciência.
Constituído com base nos eixos Educação, Economia e Psicologia, o Gênio das Finanças propõe uma mudança de perspectiva, consolidando o viés comportamental da aprendizagem em um conteúdo que é totalmente aplicável à realidade dos estudantes.
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